quinta-feira, 2 de julho de 2009




Acidificação Oceânica

A acidificação oceânica é a designação dada à diminuição do pH nos oceanos causada pelo aumento do CO2 atmosférico. Estima-se que entre 1752 e 1994 o pH da superfície oceânica tenha diminuído cerca 0,075, de 8,179 para 8,104.[1]

Ciclo do carbono
Ver artigo principal: Ciclo do carbono
No planeta Terra o carbono circula através dos oceanos, da atmosfera, da terra e do seu interior, num grande ciclo biogeoquímico. Este ciclo pode ser dividido em dois tipos: o ciclo “lento” ou geológico, e o ciclo “rápido” ou biológico.

Numa escala geológica, existe um ciclo entre a crosta terrestre (litosfera), os oceanos (hidrosfera) e a atmosfera. O Dióxido de Carbono (CO2) da atmosfera, combinado com a água, forma o ácido carbónico, o qual reage lentamente com o cálcio e com o magnésio da crosta terrestre, formando carbonatos. Através dos processos de erosão, estes carbonatos são arrastados para os oceanos, onde se acumulam no seu leito em camadas, ou são assimilados por organismos marinhos que eventualmente, depois de morrerem, também se depositam no fundo do mar. Estes sedimentos vão-se acumulando ao longo de milhares de anos, formando rochas sedimentares como as rochas calcárias. O ciclo continua quando as rochas sedimentares do leito marinho são arrastadas para o manto da Terra, por um processo de subducção, libertando CO2. O CO2 é devolvido a atmosfera através das erupções vulcânicas e outro tipos de actividades vulcânicas, completando-se assim o ciclo.

O ciclo biológico do Carbono é relativamente rápido: estima-se que a renovação do carbono atmosférico ocorre a cada 20 anos. Através do processo da fotossíntese, as plantas absorvem a energia solar e CO2 da atmosfera, produzindo oxigénio e hidratos de carbono (açucares como a glicose), que servem de base para o crescimento das plantas. Os animais e as plantas utilizam os hidratos de carbono pelo processo de respiração, utilizando a energia contida nos hidratos de carbono e emitindo CO2. Juntamente com a decomposição orgânica, a respiração devolve o carbono, biologicamente fixado nos stocks terrestres (nos tecidos da biota, na camada de solo e na turfa), para a atmosfera.[2][3]

Causas

Alteração do pH na superficie oceánica devido ao aumento de CO2 antropogénico entre 1700 e 1990A causa principal do aumento da acidificação tem origem antropogénica, sendo a mais importante a absorção do CO2 resultante da actividade humana. Para além disso, o azoto de origem agrícola, industrial e resultante dos transportes e produção de energia, que são igualmente fonte de compostos NH3.[4]


Acidificação
A dissolução de CO2 na água do mar aumenta a concentração do ião H+ na água, reduzindo assim o pH do oceano. Estimativas apontam para que o pH da superfície oceânica tenha diminuído em cerca de 0,1, numa escala logarítmica, enquanto se prevê uma diminuição compreendida entre 0,3 a 0,5 até 2010.

Um comentário:

  1. Deixou de explorar mais o assunto, abordando outros temas como: lixo tóxico,desenvolvimento sustentável, controle biológico... poderia usar mais as ferramentas virtuais!

    Marinês

    ResponderExcluir